terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Ligações de jovem morta serão rastreadas, diz Polícia Civil de MG

Amanda de Almeida foi encontrada morta com 8 facadas em Cristina, MG.
Vítima vivia com os familiares em Jesuânia, onde teria desaparecido.


A Polícia Civil abriu inquérito para investigar a morte de Amanda de Almeida, de 21 anos, que desapareceu na última quinta-feira (31) em Jesuânia (MG). As últimas ligações da jovem serão rastreadas para encontrar alguma pista sobre o autor do crime.

O corpo de Amanda foi encontrado na noite de sábado (2), por moradores da zona rural de Cristina (MG), dentro de um rio. Segundo o laudo da perícia, a jovem estava grávida de 6 meses. A perícia também confirmou que a estudante foi morta a facadas, com oito golpes. No último contato com a família, a vítima disse ao irmão que estaria em Lambari (MG) resolvendo um problema.

Quando a jovem desapareceu, ela falava ao celular. Até esta publicação, o aparelho não havia sido encontrado. A suspeita é de que a pessoa com quem ela falava ao telefone tenha alguma ligação com o desaparecimento e a morte.

Segundo o delegado regional de Itajubá (MG), Pedro Bezerra, o inquérito que vai apurar os fatos será presidido pelo delegado Arilio Machado, da comarca de Cristina (MG). Investigadores de Itajubá e Três Corações (MG) vão auxiliar no processo. Para preservar o sigilo, o delegado não quis revelar as linhas de investigações. Um homem chegou a ser detido, mas foi ouvido e liberado.

A tia da jovem, Lucia Helena de Almeida, pede por justiça. “[Ela era] uma menina boa, trabalhadora, cheia de planos, de sonhos. Estava aqui, do nada sumiu e apareceu assim. Tem que ter uma explicação. Ninguém sabe de inimizade. A Amanda era uma menina muito querida por todos. Olha lá a última conversa, o que foi falado, porque ela saiu, quem ela foi atender”, disse.


Amanda de Almeida, de 21 anos, morava em Jesuânia com os pais (Foto: Arquivo de Família)



Velório e homem suspeito
Amanda foi enterrada no domingo (3). No velório da jovem, desespero e confusão. Parentes e amigos se revoltaram quando um homem desconhecido disse ter visto Amanda na noite em que ela desapareceu. "O 'cara' chega do nada e fala isso aí. Então eu acho que o acusado está sendo ele", afirmou o leiteiro Fernando dos Santos quando pessoas começaram a agredir o homem.

Depois de quase ter sido linchado, o homem tentou se explicar. "Com quem ela estava, se ela saiu, com quem ela saiu, não vi. Não conversei. Passei por ela [na rodoviária] e fui pra Lambari", disse o homem, que não quis ser identificado.
Após a confusão, ele foi detido pela polícia. A mãe de Amanda, que tentou falar com o homem, precisou ser amparada. Em seguida, ela falou sobre a filha. "Uma menina muito estudiosa, muito... não tenho mais o que falar. Ela queria ser médica", contou Marlene de Almeida.

Desaparecimento
Amanda desapareceu na quinta-feira (31), por volta das 17h, quando saía de casa, em Jesuânia, acompanhada da mãe. As duas iriam visitar um parente e quando chegaram no portão, dona Marlene voltou para pegar um calçado. Nesse momento, vizinhos viram Amanda atendendo uma ligação e subindo a rua falando ao celular.

Quando a mãe voltou ao portão, não viu mais a filha. "Achei que ela tinha ido na minha mãe, fui lá e [ela] não estava. Aí a gente começou a procurar na rua, no mato, no lago", conta Marlene.
Corpo de jovem foi encontrado no Rio Barra Grande, em Cristina (Foto: Reprodução EPTV)
Após ter sumido, Amanda ainda ligou para o irmão duas vezes. "[Ela falou]: 'avisa a mãe que eu estou indo em Lambari resolver um problema, e se eu não voltar, eu explico tudo pra mãe'. [Ela ligou] pouco depois que tinha saído daqui, uns 5 minutos depois", contou Sávio Augusto de Almeida.
Com o desaparecimento da jovem, moradores se solidarizaram na busca e foram de casa em casa procurando por pistas. Uma tia de Amanda disse que ligou para o celular dela e que uma mulher, que disse se chamar Marcia, teria atendido e desligado em seguida.
O corpo da estudante foi encontrado no sábado à noite, no Rio Barra Grande, em Cristina.

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